Fenômeno de amar
Vejam essas águas amargas
Se disfarçando de mel
Säo lamas claras
Carregadas de fel
Vejam esse rio poluído
Fingindo que vai para o mar
Desvia todos os dias
Para leito insosso e sem ar
Vejam esses ventos barulhentos
Dizendo que elevam os tempos
Destroem até pensamentos
De mulheres sedentas de amar
Vejam só esses orvalhos
Prometem chuvas torrentes
Mas guardam em seus galhos
Espinhos täo violentos
Vejam só minha partida
Parece até despedida
Estranha forma de falar
Tua incoerência contumaz