Que maldade!
Ah, que estou envelhecendo...
Que maldade agir assim!
Agora, que capto o gosto dos risos, e,
Que passo a entender as coisas, me faltam os sisos...
Por que me deixaste ver, se,
Quando na turva penumbra à janela estreita,
Vislumbrava e, até acreditava fosse todo mísero, belo?
Por que me permitiste ouvir a louca e sedutora melodia,
Se no eco do silencio profundo, é que, imaginava adivinhar
O que pensava existir?
Não me contaste da barganha...
Quem consegue desvendar da vida seus mistérios,
Perde-a, quando pensa que ganha.