Que maldade!

Ah, que estou envelhecendo...

Que maldade agir assim!

Agora, que capto o gosto dos risos, e,

Que passo a entender as coisas, me faltam os sisos...

Por que me deixaste ver, se,

Quando na turva penumbra à janela estreita,

Vislumbrava e, até acreditava fosse todo mísero, belo?

Por que me permitiste ouvir a louca e sedutora melodia,

Se no eco do silencio profundo, é que, imaginava adivinhar

O que pensava existir?

Não me contaste da barganha...

Quem consegue desvendar da vida seus mistérios,

Perde-a, quando pensa que ganha.

Marisa Rosa
Enviado por Marisa Rosa em 06/07/2007
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