INTERVALO...

Hoje, abrindo o álbum de fotografias que recorda

o passado; e ao relógio do tempo, dá mais corda

sendo impossível de então pará-lo;

vivendo a alegria de no passado te ver tão presente,

e a tristeza de que hoje estás ausente;

eu vivo assim neste intervalo!...

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A todo e qualquer momento contigo;

meu universo, meu abrigo

era teu corpo!...

Bocas, mãos, sussurros...prazer infinito

no atrito

de nosso corpo-a-corpo!...

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Nossos corpos eram um somente

quando um fogo ardente

de nossas bocas convidativas;

unía-nos na doçura

da mistura

de nossas salivas!...

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Loucos de amor, um amor que cega;

nossos corpos numa total entrega!...

Nossos pensamentos repletos de tantas malícias,

levavam através de eletrizantes choques

nossas mãos, a suaves toques

e doces carícias!...

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Tua voz doce aos meus ouvidos ;

suaves gemidos...

No altar do amor (a nossa cama)

me falavas : - tudo ao nosso redor te diz

pra que sejas, e faças feliz

a quem tanto te ama!...

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Hoje, abrindo o álbum de fotografias que recorda

o passado; e ao relógio do tempo, dá mais corda

sendo impossível de então pará-lo;

sendo a saudade um mal necessário;

quero viver (mesmo hoje, solitário)

entre o ontem e o hoje, neste intervalo!...

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(GERALDO COELHO ZACARIAS)

Coelho Zacarias
Enviado por Coelho Zacarias em 09/02/2016
Código do texto: T5538122
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