INTERVALO...
Hoje, abrindo o álbum de fotografias que recorda
o passado; e ao relógio do tempo, dá mais corda
sendo impossível de então pará-lo;
vivendo a alegria de no passado te ver tão presente,
e a tristeza de que hoje estás ausente;
eu vivo assim neste intervalo!...
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A todo e qualquer momento contigo;
meu universo, meu abrigo
era teu corpo!...
Bocas, mãos, sussurros...prazer infinito
no atrito
de nosso corpo-a-corpo!...
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Nossos corpos eram um somente
quando um fogo ardente
de nossas bocas convidativas;
unía-nos na doçura
da mistura
de nossas salivas!...
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Loucos de amor, um amor que cega;
nossos corpos numa total entrega!...
Nossos pensamentos repletos de tantas malícias,
levavam através de eletrizantes choques
nossas mãos, a suaves toques
e doces carícias!...
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Tua voz doce aos meus ouvidos ;
suaves gemidos...
No altar do amor (a nossa cama)
me falavas : - tudo ao nosso redor te diz
pra que sejas, e faças feliz
a quem tanto te ama!...
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Hoje, abrindo o álbum de fotografias que recorda
o passado; e ao relógio do tempo, dá mais corda
sendo impossível de então pará-lo;
sendo a saudade um mal necessário;
quero viver (mesmo hoje, solitário)
entre o ontem e o hoje, neste intervalo!...
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(GERALDO COELHO ZACARIAS)