BARCO ANCORADO

Meu coração é um barco ancorado no cais,

Onde a coragem de meu capitão jaz

Hoje a tripulação lhe rendeu homenagens

Lembrando do como esta embarcação os fez grandes.

Se regozijaram, se embebedaram, e se entristeceram

Pois nos estágios finais da embriaguez se tornaram lúcidos

De que são apenas sombras dos homens que um dia foram!

De tempos em tempos, vêm implorar ao seu comandante,

Para se lançarem de novo ao mar, ao desconhecido,

Para caçarem os monstros do oceano, atrás de seu rico óleo

Para abordarem outros navios e roubarem seus tesouros,

Para se sentirem vivos nas tempestades,

Com morte lhes fungando o cangote

Paciência, lhes diz, estamos nos preparando

Nos aguardam no futuro aventuras ainda maiores

Todos se acalmam. Acreditam, afinal ele é o capitão.

Sente contundente o nojo de seu engodo

Nas fisgadas de dor em seus membro que não existem mais!

Aristoteles da Silva
Enviado por Aristoteles da Silva em 01/02/2016
Reeditado em 28/09/2024
Código do texto: T5529678
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