Do lado de fora

Na madrugada de tédio

Um turbilhão de pensamentos

Para esses não há remédio

A janela do meu quarto só traz o vento frio de fora

Aquele que para mim é um afago, chega-me o arrepio

De longe, vejo quem mora

Lembro-me deles

Em cuja estrada palmilhasse vagamente

Em caminhada, aparente, tão frondosa

Ao longe o que enxergo,

Homens no caminho

Esses “pequeninos”

Empalhados em problemas

Cerceados de costumes

Os quais amparados se espalham

Quietos, inexpressivos

Por muito tempo, somente, passivos

Sente dessecada de suas vidas, a vida

Almas sedentas,

E eu do meu quarto

Desvaneço em rimas

Escarneço e faço listas

Olho aqueles que de mim tiram poesia

Analiso pela manhã,

Pela tarde

E infinita, observo, a madrugada

E o espelho meu, será o deles?

E assim a vida continua

Sedentos, todos,

Os que de fora estão do meu quarto

E esta que aqui vós “fala”.

Luzebrisa
Enviado por Luzebrisa em 29/01/2016
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