DEIXO-TE

Perdoa-me deixar-te assim

sem uma palavra sequer

mas de nada adiantaria

não sabes compreender uma mulher

Foram tantas tuas juras de amor

inocente acreditei em ti

só não posso compreender

como pude ficar tanto tempo aqui

Estou indo embora

não me peça para voltar

dei-te tantas chances

mas não soubes aproveitar

Tanto tempo ao teu lado

tentando aceitar o teu jeito

mas jamais fostes capaz

de enxergar os teus defeitos

Tantas noites dormimos lado a lado

sem uma palavra nos dizer

esperava-te voltar para casa

mas chegavas sem me perceber

Eu não precisava de muito

bastaria um gesto de carinho

um abraço, um sorriso, um boa noite

agasalhar-me em nosso ninho

Mas tua vida de boêmio

deixou-te cego para a vida do lar

fostes perdendo-me pouco a pouco

sem ao menos notar

Hoje parto em silêncio

talvez sinta minha falta ao chegar

ou talvez nem a sinta

pois estás a vegetar

Nada tenho para dizer-te

nada mais tenho para cobrar

perdoa, mas o teu desprezo

em outros braços me fez atirar

Célia Jardim

Célia Jardim
Enviado por Célia Jardim em 04/07/2007
Reeditado em 02/06/2008
Código do texto: T552345
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