As vezes
As vezes eu fico
no silêncio do meu coração
As vezes eu busco qualquer explicação
Sem utopia e sem ideologia
pensamentos jogados ao relento
na esperança da vida acontecer
Quanta desilusão
O que destina
A vida ao meu ser
Será que um dia,
ou será que nada
vai florescer, o que fazer
para não me entristecer
Que vida devassa
A cada dia vejo
tudo em minha volta morrer
vivo sem saber
se o amanhã chegara
vejo que no mundo
nada sobreviverá
Morremos em vida
Esperando a vida ceifar
As vezes eu penso
o que o futuro me reservará