Será?
Será que vale a pena perdoar?
Será que vale a pena relevar?
Será que vale a pena aceitar?
Será?
Será que vale a pena ser compassiva,
Compreensiva,
Parceira,
Amiga,
Companheira,
Solidária?
Será?
Será que o bem vence o mal?
Será que a dignidade prevalece sobre a indignidade?
Será que a bondade serve para algo?
Será que devemos dar nossa outra face?
E se nos baterem novamente?
E se a deslealdade vigorar?
E se a falta de caráter vencer?
Será?
Será que vale a pena viver?
Será que vale a pena sorrir?
Será que vale a pena ter esperanças?
Será?
Se ..... rá?
Se
rá?
S
E
R
Á
?
Eu acho que não.
Não de novo.
Não à dor.
Não à desarmonia.
Não à falta de respeito.
Não às pessoas nojentas.
Não ao despudor.
Não à VIDA!
E continuo a me perguntar:
SERÁ?
Será que a vida vai continuar?
Será que a dor vai permanecer?
Será que em troca da generosidade,
Receberei, novamente, desconsideração?
Será? Será? Será?
Será que ainda quero o sangue correndo em minhas veias?
Será preferível a cama ao caixão?
Será que algo vale a pena nessa vida?
Será que alguém presta?
Será que Deus está vendo,
Protegendo,
Ajudando?
Será?
Será?
Não sei.
Alguém sabe?
Será que alguém sabe?
Tem alguém aí?
Será que a escuridão vai permanecer?
Será que nunca verei a luz?
Quem sou eu?
Será que eu existo?
Será que gente existe?
Será que a vida existe?
Será que a felicidade existe?
Não, não, não
Nunca
Jamais
Ao será eu respondo:
Nada vale a pena realmente.
Será?
Campos dos Goytacazes, 06 de janeiro de 2016 – 20:10 horas