SAMBA SEM RAIZ
E ali escorreguei
Nas trilhas de um falso amor
E foi tanta sedução
Quase a alma se entregou
Passou o tempo
Chorei.
A tristeza que surgiu
Desencanto e nova cor
No meu céu azul de anil.
Eu me fiz porta-bandeira
No seu passo varonil
Na apoteose da vida
passarela , então se abriu.
Desfila seus raios dourados
Tal a cor da falsidade
E brilha na fantasia
lantejoulas de inverdade.
E o desfile se acaba
A quarta é a etapa mortal
Samba a sua vida
nas mentiras do carnaval.
Curaram-se as feridas
As teias se desfizeram
Nos blocos da sua lida
As máscaras
Que não mais quero.