Desencantos...
Te amei na ilusão de um tempo,
tão placidamente belo que me senti homem,
o maior dos homens−Vigílio. Ouvídio...
A canção que fiz para o mar me habitar,
molhou-se de desilusão e o céu chorou
sua água ácida, cheia do mormaço,
desencantado da desilusão, um pranto, meu pranto!
Canto-me feliz, forçado, mudo, para mim ou para alguém distante.
Não há fora de mim mesmo outro desejo,
no sobejo do último verso do poema que não fiz.
Te amei quando nada sabia sobre o amor e a vida,
mas sentia a parturição de um outro pranto, talvez uma despedida,
que esfriava meu peito e desnudava o falo de minha alma.