Na mão e na alma
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Da mão e da alma,
eu te trazia na palma.
E ai de mim, se não é a alma,
a palma, o coração.
Onde iria eu reter este amor
tão esquivo , tão fugaz, então...?
Pois, agora só restam memórias
No coração e na alma,
só resta a saudade tua.
E eu me calo
pois que o amor se foi,
e eu fiquei feito a lua,
refém ,na imensidão do nada.
E mesmo da solidão eu me valho,
do que restou de lembrança,
de amor não correspondido.
Por isso, vinde, ó céus,vinde !
Porque eu, desvalido,
quero arrebentar-me nas pedras
do pranto escondido.
Mas há, ainda, o céu das lembranças
e o silêncio rumina o triste abandono,
e eu, sem dono,
trago, no amor vazio,
as marcas da esperança,
na mão e na alma,
na vida por um fio.
José Feliciano de Souza
Enviado por José Feliciano de Souza em 24/12/2015
Reeditado em 13/03/2020
Código do texto: T5490155
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