POESIA – Não me acho – 19.12.2015
POESIA – Não me acho – 19.12.2015
(Na madrugada)
Eu não pretendo insistir te implorando
Por teu querer, por teu amor, me machucar,
Porque assim estaria me humilhando
Pois na verdade nada tens para me dar...
Vou prosseguir na vida de ostracismo
Que devagar, aos poucos, vou levando,
Não me convenço nunca desse teu cinismo
Nem vou viver somente delirando...
Meu coração verteu gotas sangrentas
Tal como lágrimas que escorrem pela face
Sem de ti merecer qualquer realce...
Os dias vão passando e só tu me rebentas
Daí que me restou esse cansaço
Perdido e sem saber como te enlaço.
Ansilgus