Deserto da esperança
Estou triste, profundo,
pelo mundo que vivo.
Sem pão, sem água,
sem abraços, sem beijos.
A profundidade da soberba
de homens como eu
que insistem na esperança
massacrada aos montes
por uma massa falida.
O mundo está engolindo
forçosamente os sentimentos
mais sublimes dos homens.
Falta-nos tudo,
não há alegria
nesta ciranda sem dança!
O que era pra ser amor
virou lágrimas,
ofensas!
No lugar da bênção colocaram
a maldição, vestida de ouro.
Estou triste mas não posso
deixar de alimentar
o que ainda espero
séquito e constante!