A morte do poeta!

Ele estava ali cabisbaixo
Com um copo nas mãos
Lágrimas rolando no rosto
Na frente do seu amigo
Enquanto uma pergunta fazia:
Como não fora entendido?
Como ela não prestara atenção
Em tudo que havia ele escrito
Em poema, em canção
Até quando falara de flor
Era nela que pensava
Se quando falara em pássaros
Era com ela que voava
Se quando falava em beijos
Carinhos, afagos, atenção
Era tudo sobre ela
Mas, ela o ignorava
Lia, e nem mesmo mostrava
Que lhe chamara a atenção
E era isso, amigo
Não expressaria ele mais nada
Calado, assim ficaria
Seria ali decretado
O poeta morreria!!!

Este será meu último poema
Aposentarei minha pena,
Nunca mais escreverei
Pois, deve ter sido um mal dito
Mal escrito ou expressado
Os sentimentos escritos
Em versos, contos ou poemas
Pois, mesmo lidos
Não foram eles considerados
Nem mesmo levados em conta

... Agora, foi decretado!
Nada mais escreveria
Calaria os sentimentos
Deixaria o silêncio
Tomar conta do seu ser
E como um torturador
Como um executor
Ali... Agora!
Faria o poeta morrer!

 
...


 
Nasser Queiroga
Enviado por Nasser Queiroga em 13/12/2015
Reeditado em 29/06/2020
Código do texto: T5478770
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