Paternidade
Tu sentes dor ?
Percebes o quanto teu descaso
Feito talvez por puro acaso
Me causou ?
Minhas notas musicais
Não falam de amor
Nem são fraternas então
Quem sabe radicais em sentença
Por se equilibrarem na imensa
Balança dos gritos não ouvidos
Por toda tua falta de bom senso
Doa, doa, doa !
Eu quero mais o mal
Para tua falta de paz
É ódio, é raiva, é ódio, é raiva
Tudo isto me trás
Tuas palavras nas quais
Tentam me fazer incapaz.
Quero mais sangue, sangue !
Para poder dar-te
A ponto de beijares minha arte
Oferecida a ti em pleno coração
Pelos sentimentos que não mais te amarão.
Hoje e amanhã
Depois e quem sabe mais além
Serei teu novo infernal credor
Pois veja bem :
Tu não sabes quem eu sou !