O DIÁRIO (18/01/2007)
Querido diário... Estou entristecida
Algo no meu coração está doendo,
É um sentimento em forma de ferida
É uma alma que está gemendo.
Estou sentindo vontade de chorar
Querido diário... Oque há comigo?
Os meus olhos parecem não brilhar
E para onde foi o meu sorriso?
A minha respiração está ofegante
Hoje quase morri de asfixia,
Pois, a cada vão instante
Me surge uma agonia.
Querido diário, estou pensando nele
E o que eu sinto não tem fim,
O meu coração é dele
Mas o dele não é pra mim.
Como dói encarar a realidade
Ter o dom divino do saber,
Não há nada pior do que a verdade
Não há nada pior do que sofrer.
Às vezes desejo ser enganada
Ver a vida com a ilusão de antes,
Acreditar nos contos de fadas
Ter fé num filme de romance.
Quero voltar para a minha inocência
onde não há escuridão,
Oh cérebro... Amarga consciência
Oh vida! Oh coração!
Querido diário... Porquê cresci?
Porquê enxergo o mundo desse jeito?
É...Eu acho que me perdi
O mundo... Nunca foi perfeito.
Porquê me contaram histôrias bonitas?
Porquê me iludiram com o mal?
Me ninaram com canções de conquistas
E me mataram com um mundo real.
Porquê me fizeram sentir a brisa do vento?
E o gosto da chuva caindo do céu?
Se hoje em amargo desalento
Meu deguste é um prato de fel.
Querido diário guarde os meus segredos
Hoje digo adeus a você,
O que eu faço é fugir desse medo
O que eu faço é aos poucos morrer.
Querido diário estou pensando nele
E o que eu sinto não tem fim,
O meu coração é dele...
Mas o dele não é pra mim!