Dos Ontens até Todos os Amanhãs
Olho minha sombra fria e distante. Escuto os ventos de novembro, escuto a tristeza de meu coração. São sussurros, são ilusões.
Sinto os dias mais pesados, as dores mais profundas, sinto o que não mais deveria existir e sigo escondendo do mundo toda minha revolta, tristeza e desilusão. O cansaço se aprofunda, a vontade se perde e os passos, como o passado, se tornaram pesados e dolorosos. É uma vida opaca, uma alma enterrada e um coração partido. É a existência dentro de um vazio sem fim, um abismo que engole tudo, desde os ontens até todos os amanhãs.