Indiferença

A inconsciência enterra-me.

O corpo acostuma-se

E desintegra-se.

A música revolta-se,

O ritmo quebra

E os mortos fingem.

Suscitam a indiferença.

Se acreditas no inexistente,

A crença perde-se.

Esconde-te.

A energia cerca-me,

Aprisiona o desgraçado,

O que morre.

Fui atingido pela indiferença

De quem não existe,

Odeia-me.

Sérgio Peixoto
Enviado por Sérgio Peixoto em 27/11/2015
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