Senhora, Perdoa-me

Perdoa-me se assim faço
Se me afasto para me reaproximar
quando o costume já levou minha imagem
e nem mesmo saudade há!

Eu preciso existir em algum lugar...
Ser som, ser tocado
Mesmo que seja o som das asas da borboleta
mesmo que seja o toque amedrontado!

Receba-me sem questionar
Não queira saber por onde passei
e porque voltei!
Apenas me deixe fazer silêncio
ao sorver um minuto de sua delicadeza

Perdi para o descaso do meu apego
e a brutalidade de minha natureza
Perdoa-me se volto
se volto só agora de coração ferido
e deixo a teus pés a bagagem de sonhos falidos!

Receba-me uma vez mais...
Para onde ir?
depois de tanto cair
no mando e desmando da própria dor
que sepultei no teu flanco!

Então... De onde vem o mando
é de onde precipitou-se o santo!
Onde perdeu sua graça?
onde plantou o choro
e alimentou da desgraça!




 
Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 23/11/2015
Código do texto: T5458428
Classificação de conteúdo: seguro