Duas estrofes (Adeus)

Adeus, meus caros... Subo à noite em cima,

Sempre sou mui trevoso, morto e jovem,

Mas que os vates amigos sempre provem

Os meus belos sonetos co´uma rima.

Já ficarei na cova, é a minha vida.

Respeito a tua Luz, infelizmente,

Eu choro, eu choro tanto, que a dor sente!

Deixo a minha poesia já perdida.

Se salvar a tristeza com injúrias,

Em teu grande soneto que me escreves,

Tenho os horrores tácteis e até breves,

Digo assim: "Mas esquece, acalma e jure-as"

Se eu for o grande amigo, com certeza,

Subirei ao enterro, irmãos dos versos,

Em meus encantamentos mais reversos...

Mas eu durmo no enterro, que é a tristeza!

Lucas Munhoz - (23/11/2015)

Lucasmunhoz
Enviado por Lucasmunhoz em 23/11/2015
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