Gotas de dor
Na face desfigurada
Deslizam gotas sem cor
Abortadas pela dor
Da angustiante caminhada...
Pelo corpo alquebrado
Desce o suor da labuta
No silêncio que assusta
O coração triturado...
Há uma esperança
Que chega com a aurora
Carrega as lágrimas, embora
A dor persiste na lembrança...
É um devaneio insistente
Que teima em trazer o sonho
Transformar o momento bisonho
Em um mundo diferente...
Mas o céu se abre em nuances
Desperta a alma dormente
Planta na terra outras sementes
Refaz a vida em transe...
Mena Azevedo