A morte para iniciantes.

Recolhendo o pranto que fadiga os olhos.

No murmúrio das maciças partidas
são humanos (anjos)  os que
com a boca deliram e mentem;
Com as mentiras afogadas,
os meus ouvidos afagados no verde
exaltariam em uma posse amanhecida?

§

Eternas noites em que enalteci o céu
pra tão mais longo do que correste;
A saudade - órfã do desencanto -
perfumada dor da pureza
contrária flor morta num canto.
-
Então, se bendizer o abate
na crina do amor que arrastei
por entre o sangue que se meteu engaiolado,
pronunciarias ela: “Oh, não! Porque havias me deixado?
Permiti uma espécie de louvor – algo que machuca mais,
já que sinto essa imensa 'falta de ardor
'"?

Pois já que faço falta e
se lhe digo que és sofrimento a transbordar...
Discordarias?

Que dos meus dias, sei eu:
mais do que a pronúncia
e mais que inundação clássica.
Mais do que as lágrimas caídas!

-

Morreste! Não se sabe há quanto tempo,
mas se insistes em vida, através das paredes - retornarás!


Minha face não pode discordar, pois
sentir que a natureza em si veio da chuva,
é pensar que essa dor só vem do mar!

-

De orvalho, o amor queimou-se em âmbar;
Oh, se meus desejos houvessem de ser:
Que muitos anjos a louvem passando.
Que muitos homens a vejam sonhar!


Pois que me quebrem os cristais de arranjo
ou o suave terror que flutua;
Que sejam nobres os teus sentires no padecer
ao semear as testas vãs com tua loucura!
Lainni de Paula
Enviado por Lainni de Paula em 30/10/2015
Reeditado em 01/11/2015
Código do texto: T5431840
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