Coágulo III: Arrebentar-se.

As lascas dos olhos, amor,
são matutinas como o demônio
a ninar-me com choros divinos;

Deparei-me com o corpo
e a carótida em relevo ardente:
matei-a, assim como me matei;

E nunca haverias de deixar-te.

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Porém, se fez o musgo; a minha sorte começara a ser encoberta. Rezei cachos com cabelos de uns livros e remeti acompanhando a liberdade.


E como posso, amor,
não enxergar-te?
Cegar-me-ei com os cacos de tua face
evitando ao mundo, unificar-se:
ao luto, a espiral demoníaca e fervente.
 
Lainni de Paula
Enviado por Lainni de Paula em 30/10/2015
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