A MENTIRA
TITILO = A MENTIRA
Se você é capaz apontar um de teus dedos
Pra julgar e condenar um pobre réu
Veja e reveja os teus atos, os teus segredos;
Pois você nunca caminhou em sorrisos do céu.
Eu em meu canto calado, meio distante observo,
As injurias a mim apontadas
Pois dentro de teu tribunal eu sou um cervo,
Uma espécie degradante pra ser degolada.
Parece que colocaram amarras em mim
O que vem a mim; são pequenas cenas,
Que vão e que vem de um lindo jardim
Quando você era a minha índia Iracema.
Hoje livre eu aqui sozinho, mas condenado.
Imagino como seria a nossa vida na verdade
Se você, em você não houvesse guardado,
Uma verdade da verdade de uma realidade.
Fato que pra você pode até ser irrelevante...
Fato que fere e que muito ainda me magoa,
Deixando de ser o que é, por lembrar-se do antes
Por que a mentira é o que mais me atordoa.