A MENTIRA

TITILO = A MENTIRA

Se você é capaz apontar um de teus dedos

Pra julgar e condenar um pobre réu

Veja e reveja os teus atos, os teus segredos;

Pois você nunca caminhou em sorrisos do céu.

Eu em meu canto calado, meio distante observo,

As injurias a mim apontadas

Pois dentro de teu tribunal eu sou um cervo,

Uma espécie degradante pra ser degolada.

Parece que colocaram amarras em mim

O que vem a mim; são pequenas cenas,

Que vão e que vem de um lindo jardim

Quando você era a minha índia Iracema.

Hoje livre eu aqui sozinho, mas condenado.

Imagino como seria a nossa vida na verdade

Se você, em você não houvesse guardado,

Uma verdade da verdade de uma realidade.

Fato que pra você pode até ser irrelevante...

Fato que fere e que muito ainda me magoa,

Deixando de ser o que é, por lembrar-se do antes

Por que a mentira é o que mais me atordoa.

Makleger Chamas
Enviado por Makleger Chamas em 17/10/2015
Reeditado em 11/12/2016
Código do texto: T5418124
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