De si por mim
Não foi o desapego ou a falta de importância.
Foi a frieza.
Não foi a distância ou a falta de comuniação.
Foi o medo do desconhcido.
Não foi a ansiedade ou a incerteza.
Foi a deslealdade.
Aos poucos tudo foi voltando a ser cinza,
O foco mudou de rumo e o que antes era um desejo,
Ficou preso na lista de obrigações do dia seguinte.
Da rotina necessária e do pedido carente.
Não foi o desinteresse, foi apenas a falta de convivência.
Quem poderia imaginar, eu aqui ou você lá.
O brilho se esvai a cada novo dia,
E pra mim não mais importa, afinal fui eu que abdiquei de sentir.
Observo as pessoas que caminham caladas, absortas em seus próprios pesares e me descubro perdido entre elas.
Nós sabíamos que eu seria um eco mudo, em meio a tormenta que lhe atrapalhava a passagem.
O relógio preso ao verbo que você solicitaria na sua hora mais urgente.
Tudo está se perdendo, e somente nesse instante entendo.
Você é exatamente a dor que eu precisava para não mais sentir...
"A chuva cai lá fora como cortina de água que baila sobre a terra.
Deixando - se sorver pelos lábios abandonados.
Um coração despedaçado palpita de forma voraz.
Batendo agoniante para que seu amo não o reduza á pedras...
Agora é tarde demais, a ultima lágrima caiu e o último sopro esmoreceu
Ela jamais sentiria e muito menos eu."