A MULHER QUE EU AMAVA

A MULHER QUE EU AMAVA.

Aos mimos da mulher que eu tanto amava,

Não mais ouvia o tic-tac de seu coração,

Nem os ponteiros acelerados da paixão

Que tantas vezes ao beijar-me murmurava.

Cativava-me com mentiras de promessa

E com seu sangue aquecido de amante,

Sem perceber que a perdia a cada instante

E que meus sonhos derruíam tão depressa.

Submerso na vertigem desta desventura,

Expressa dor e mágoa na feição carrego

Em busca de remédio pra esse mal sem cura.

Para dentro de si ela voltou seu mudo ego,

Única forma de trancar sua loucura,

Justificando, incólume, o seu desapego.

Egê Valadares- sp

EGÊ VALADARES
Enviado por EGÊ VALADARES em 05/10/2015
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