Jardim das Ilusões
Foi na estação do Ópera
que fiz estes rabiscos
Ouvindo a conversa da feira
segunda, dia ruim
Espero a condução,
da vida
Aquela que vai para o
Jardim da Ilusão
Que fica uns vinte minutos
do centro, das atenções
Não ousaria ir a pé,
chegaria rápido de mais
Existem alguns prédios
vazios
Na frente da parada,
dos Batimentos
Condomínio fechado, onde
ela me olha da sacada
Essa que não se jogue,
de lá
Que aqui de baixo, vou
continuar a te encarar
Vai se cansar de ouvir o
mesmo refrão
E quando sairmos, vai falar
que já sofreu por amor
Vai olhar durante um tempo,
para a minha boca e
irá sorrir
Não vai me culpar pelo beijo
antes do segundo tempo
Nesse jogo, quem ganha
sou eu - você também
E no quarto, suada você
fala:
- Hey, me liga! Vamos combinar algo!
Vesti minhas roupas e tomei
o elevador - dos estimas
Mulher, se você mora no
Jardim das Ilusões
Onde os prédios são vazios
Você só pode ser invenção,
de um poeta qualquer
Mas esqueci de dizer,
seu sotaque denuncia
imaginação
Cheguei.
- William Mendez