Jardim das Ilusões

Foi na estação do Ópera

que fiz estes rabiscos

Ouvindo a conversa da feira

segunda, dia ruim

Espero a condução,

da vida

Aquela que vai para o

Jardim da Ilusão

Que fica uns vinte minutos

do centro, das atenções

Não ousaria ir a pé,

chegaria rápido de mais

Existem alguns prédios

vazios

Na frente da parada,

dos Batimentos

Condomínio fechado, onde

ela me olha da sacada

Essa que não se jogue,

de lá

Que aqui de baixo, vou

continuar a te encarar

Vai se cansar de ouvir o

mesmo refrão

E quando sairmos, vai falar

que já sofreu por amor

Vai olhar durante um tempo,

para a minha boca e

irá sorrir

Não vai me culpar pelo beijo

antes do segundo tempo

Nesse jogo, quem ganha

sou eu - você também

E no quarto, suada você

fala:

- Hey, me liga! Vamos combinar algo!

Vesti minhas roupas e tomei

o elevador - dos estimas

Mulher, se você mora no

Jardim das Ilusões

Onde os prédios são vazios

Você só pode ser invenção,

de um poeta qualquer

Mas esqueci de dizer,

seu sotaque denuncia

imaginação

Cheguei.

- William Mendez

William Mendez
Enviado por William Mendez em 29/09/2015
Reeditado em 21/08/2016
Código do texto: T5398470
Classificação de conteúdo: seguro