VOO RASANTE
Chegaste envolto
na chuva tímida
de Setembro
que lava as acácias
e as criptomerias...
Deslizaste sobre o mar
até ao verde
que te esperava
de braços estendidos
para um abraço
que nunca aconchegou
Marejados pela chuva
os meus olhos
acenaram ao pássaro
que bateu asas e voou...
Petrificada mirei o azul
até ao infinito,perguntando-me:
Para quando,outro voo rasante assim?