Ao som dos ventos bravios
Ao som dos ventos bravios
Gritam as almas perturbadas
Desespero trazido pelos ventos bravios
Amargura vívida, vidas despedaçadas
O som ululante nos corações vazios
Sussurros ensandecidos dos fantasmas
Flagelos que atormentam o mundo
Apodrecem seus corpos com miasmas
Transforma a Terra num lodaçal imundo
Contorcem-se entre gritos e lamentos
Tempestades afônicas de desejos mórbidos
Amálgama nascida entre pútridos sentimentos
Resultando em recantos sórdidos
Então em súplicas abafadas
Aqueles corpos corroídos pelo tempo
Vagantes a perturbar a seu contento
Perdem-se a cada nova badalada
Eduardo Benetti