E QUANDO O TEMPO...
E QUANDO O TEMPO...
E quando o tempo teima sobre nós
E descolore nossos verdes sonhos,
Transforma-os em pesadelos medonhos,
E nossas matizadas ilusões em pós.
Sucumbe-nos á força sua silenciosa,
De bruta rocha derrui nossos castelos
De sonhos, e segue sem dor,sem duelos
E impune afeia nossa causa mais preciosa;
A beleza corporal que realça a vida,
Que junto aos juvenis sorrisos morre,
Sepultos sem o aceno da despedida.
Esse maldito, por entre dedos escorre
Como a lágrima que vai despercebida
Dos olhos caindo, e que para o nada corre.
De egê Valadares – SP