O Mapa Enganoso dos Teus Olhos
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O mapa enganoso dos teus olhos
Conduziu-me a um caminho enegrecido
Onde nada brotaria do estolho
Que eu tentei, por muito tempo, cultivar.
E aquilo que eu pensava ser o mar,
Não passava de uma poça, um lamaçal,
E o sol que me apontavas, comovido,
-Luz mortiça, brilho artificial!
A palavra que encantava meus ouvidos
Era apenas um feitiço que passou;
Nada existe de profundo ou abissal,
Nesse pântano que a vida me mostrou.
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É apenas um poema. É triste que seja necessário dizer.