VELHO CONSELHO

Enterrei sua lembrança, num canto seco do jardim,

E semeei esperança que surgisse alguém para mim,

Veio a chuva e a bonança, mas seguiu a solidão,

Pois junto com sua lembrança enterrei meu coração.

Agora triste e sozinho como um barco abandonado

Navego na vida sem rumo da própria vida cansado

Se pra você tudo é festa, tudo é comemoração,

Eu vivo toda amargura do final de uma paixão

Porém a vida é assim, resta ser bom perdedor

Reconhecer e aceitar quando se perde um amor

Sepultar as mágoas e olhar reto e pra frente,

Sabendo que lá do alto, alguém olha pela gente

Ser paciente ter calma, deixar o tempo passar

O tempo é o pai da verdade, é o que faz a luz brilhar

Seguir um velho conselho que ensina a meditar,

“Só não gosta dessa vida quem não tem,

Paciência de esperar”.

Jogon Santos

Rio, abril/1964

Jogon Santos
Enviado por Jogon Santos em 08/09/2015
Reeditado em 03/02/2020
Código do texto: T5374949
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