-Novo Eon-
I- Sinto os ventos dos sete mares
o eco, que de um polo ao outro,
vibra em louvor da liberdade...
Chega aos meus ouvidos
O canto do primeiro escravo que disse “Não”
o som das correntes que se partiram
e que por pés libertos são pisoteadas ao chão!
As lufadas dos ares da resistência
que dos Andes ao Himalaia
inspira o ser na buscar
do estado absoluto de independência!
Afundou-se o ultimo Navio negreiro
se desfez no tempo reconquistado
naufragou junto ao barro cru do passado
o narcótico nevoeiro se dissipou
Toda mágoa e toda dor do pecador
para seu berço de origem voltou...
Toda a potência que escravizou
a libertinagem, ilusão da independência,
acabou!
Toda gama de energia
-Paredes de uma cela de agonia-
ruíram em um sopro de poesia!
Viva ao novo Eon que se anuncia!
II- Fui sugado pelo redemoinho de um tormento
E nas águas escuras desse furor me misturei
fui tantas pessoas ao mesmo tempo
meu navio naufragou nas saraivas violentas de tua dor!
Eu fui teu corpo abandonado
E fui o teu amor
Brilhei aqui com seu ardor
e apaguei do outro lado!
Eu estive contigo
nas anáguas de teu vestido
misturado
diluído
Contido
desfigurado...
Acalmei para enfim te abraçar
e eu aceitei...
teus olhos verdes sendo meus olhos
e deixei, com minhas lágrimas, tu chorar!
Como boneca delicada de porcelana
eu restaurei tua face de bela entre as belas
paguei o que tu devia
e para o barqueiro dei minhas moedas!
Como princesa desprotegida
te cobri com minha poesia
limpei os teus antigos caminhos
e arranquei de teu coração
uma sorte de espinhos!
Nos teus cabelos desgrenhados
fiz novos e variados penteados
Sorri contigo do reflexo no espelho
Belo coração...
Hoje sinto que pulei da imensidão
amputei minhas asas
para te salvar de tua condenação!
Cuidei de ti e de teus amigos com tanta compaixão!
Girei e girei nos ares como um pássaro caindo
e a sorte me trouxe para a palma de tua pequena mão!
Ancorei meu navio na tua emoção!
Quanta desordem!
Uma infinidade de coisas largadas
empoeirando em um estado crônico de sofreguidão!
Como joia quebrada te restaurei...
Te devolvi a espada da guerreira
subi na montanha mais alta
e lá estendi, de tua nação, a bandeira
Te devolvi o bradar da fortaleza
Palas Antena!
Dos Elíseos ao inferno
afrontando Afrodite em beleza
Filha de Hermes
Luz do Érebo!
Oráculo de Delfos!
Já posso deixar-te ir
Sem me importar se te conheço o nome
se vive perto ou se vive longe
Sem o incomodo de, nesse idílio, me descobrir!
Posso prosseguir sem lamento
sem corrente arrastando
sem equilibrar na cabeça o firmamento!
Posso prosseguir com meu livro em branco
sem o perfume mofado de antigos panos
redescobrirei o mundo cheio de novidades
que soterrou as ruínas de antigas cidades
Sorrirei para cada flor que encontrar
rezarei na luz de cada estrela que me guiar
E eu sei, que em uma nova curva da existência,
eu vou te encontrar!
Pequena Eva... Que tu renove a vida de cada dama que te abraçar!
Evolua libertando piratas iludidos
Homens perdidos
se torne anjo
reconstruindo milhares de corações partidos!
Dizer adeus nunca foi tão reconfortante
e nunca a realidade foi tão presente
como é nesse instante!
Vencemos esse trecho de mar
sendo um só corpo, uma só alma
Vencemos a tempestade!
Pequena Eva, siga agora em terra
e voe no ar
Que eu, os mares da liberdade, vou navegar!
I- Sinto os ventos dos sete mares
o eco, que de um polo ao outro,
vibra em louvor da liberdade...
Chega aos meus ouvidos
O canto do primeiro escravo que disse “Não”
o som das correntes que se partiram
e que por pés libertos são pisoteadas ao chão!
As lufadas dos ares da resistência
que dos Andes ao Himalaia
inspira o ser na buscar
do estado absoluto de independência!
Afundou-se o ultimo Navio negreiro
se desfez no tempo reconquistado
naufragou junto ao barro cru do passado
o narcótico nevoeiro se dissipou
Toda mágoa e toda dor do pecador
para seu berço de origem voltou...
Toda a potência que escravizou
a libertinagem, ilusão da independência,
acabou!
Toda gama de energia
-Paredes de uma cela de agonia-
ruíram em um sopro de poesia!
Viva ao novo Eon que se anuncia!
II- Fui sugado pelo redemoinho de um tormento
E nas águas escuras desse furor me misturei
fui tantas pessoas ao mesmo tempo
meu navio naufragou nas saraivas violentas de tua dor!
Eu fui teu corpo abandonado
E fui o teu amor
Brilhei aqui com seu ardor
e apaguei do outro lado!
Eu estive contigo
nas anáguas de teu vestido
misturado
diluído
Contido
desfigurado...
Acalmei para enfim te abraçar
e eu aceitei...
teus olhos verdes sendo meus olhos
e deixei, com minhas lágrimas, tu chorar!
Como boneca delicada de porcelana
eu restaurei tua face de bela entre as belas
paguei o que tu devia
e para o barqueiro dei minhas moedas!
Como princesa desprotegida
te cobri com minha poesia
limpei os teus antigos caminhos
e arranquei de teu coração
uma sorte de espinhos!
Nos teus cabelos desgrenhados
fiz novos e variados penteados
Sorri contigo do reflexo no espelho
Belo coração...
Hoje sinto que pulei da imensidão
amputei minhas asas
para te salvar de tua condenação!
Cuidei de ti e de teus amigos com tanta compaixão!
Girei e girei nos ares como um pássaro caindo
e a sorte me trouxe para a palma de tua pequena mão!
Ancorei meu navio na tua emoção!
Quanta desordem!
Uma infinidade de coisas largadas
empoeirando em um estado crônico de sofreguidão!
Como joia quebrada te restaurei...
Te devolvi a espada da guerreira
subi na montanha mais alta
e lá estendi, de tua nação, a bandeira
Te devolvi o bradar da fortaleza
Palas Antena!
Dos Elíseos ao inferno
afrontando Afrodite em beleza
Filha de Hermes
Luz do Érebo!
Oráculo de Delfos!
Já posso deixar-te ir
Sem me importar se te conheço o nome
se vive perto ou se vive longe
Sem o incomodo de, nesse idílio, me descobrir!
Posso prosseguir sem lamento
sem corrente arrastando
sem equilibrar na cabeça o firmamento!
Posso prosseguir com meu livro em branco
sem o perfume mofado de antigos panos
redescobrirei o mundo cheio de novidades
que soterrou as ruínas de antigas cidades
Sorrirei para cada flor que encontrar
rezarei na luz de cada estrela que me guiar
E eu sei, que em uma nova curva da existência,
eu vou te encontrar!
Pequena Eva... Que tu renove a vida de cada dama que te abraçar!
Evolua libertando piratas iludidos
Homens perdidos
se torne anjo
reconstruindo milhares de corações partidos!
Dizer adeus nunca foi tão reconfortante
e nunca a realidade foi tão presente
como é nesse instante!
Vencemos esse trecho de mar
sendo um só corpo, uma só alma
Vencemos a tempestade!
Pequena Eva, siga agora em terra
e voe no ar
Que eu, os mares da liberdade, vou navegar!