Redenção

Agora estava confusa,

ele não usa, nem abusa.

Apenas olha, mas não se aflora,

não deixa transparecer,

mas não se esquece de dizer.

Agora ele se engana,

não corre nem ama.

Só se distrai,

não fica nem vai.

Assim se afoga.

Depois retorna,

retorna, mas ainda sem partir.

Pedi, mas não se faz desistir.

Caminha com vontade de voltar,

mas não volta.

O medo de errar bate a porta.

Assim mais uma vez se afoga,

afoga em um mar de paixão.

Navio guiado pelo coração,

sem rumo sem direção,

com corpo submerso,

não alcanço mais sua mão.

Não posso dizer adeus,

pelo menos ainda não.

Me afogo junto a ele,

meu sinal de compaixão.

O encontro em um lugar,

onde não tem mais salvação.

Ele é santo, guiado por Deuses,

e eu pecadora, queimada no perdão.