DESCORTINANDO INVERDADE

No jogo da sedução,

Mentir é judiação,

Na dor da desilusão,

desestruturando as emoções,

Nas inverdades de aparência imprudente,

A vertente inocente e inconsequente,

No amor não cabe trapaças,

ilusório, que mata a esperança,

Fingir é o mesmo que mentir

Omitir a verdade causa feridas na alma,

Sem medir as consequências,

A mentira de aparência inofensiva,

Fere a credibilidade, abre feridas,

Mentira tem prazo de validade,

Uma onda que deságua a realidade,

A tristeza da claridade,

A inverdade é um terreno infértil,

O mundo de fantasia coberto de alegria,

O descortinar desembaça a inverdade,

desanuviar é descobrir a luminosidade,

Em um dia o tudo, no outro o nada,

Caem as lágrimas da incongruências,

Há sinais de advertências, embora ignorados,

Fechar os olhos e se atirar em queda livre,

Acreditar que pode voar, rumo ao desconhecido,

Assumir os riscos das incertezas,

Acionar os mecanismo de defesa,

Uma incógnita do inconsciente,

Quem vai contestar?

Uma mentira como ato falho saltitando no ar,

As couraças convenientemente vestidas,

Sustentando a fragilidade não assumida,

Uma muralha intransponível,

Que é a escala das contradições,

Perdido, torcido, libera um bramido,

Busca misericórdia para aliviar o tormento,

Olhar perdido diz sentir arrependimento,

Perdoar-se é o livramento.

Marta Paes

Marta Cavalcante Paes
Enviado por Marta Cavalcante Paes em 11/08/2015
Código do texto: T5342007
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