Ilusão
Coração faminto
árido e ávido de calor,
cansaço infinito,
castigo impiedoso
nessa noite de eterna espera.
Morrendo...
Como se pode morrer
tantas vezes?
E quantas mil mortes
serão necessárias?
Qual o limite do desalento
que o coração consegue suportar?
Morrendo...
Ilusão engana o sonho
que já não dorme,
nem quer mais esperar.
Na alma da rosa, suspira
e vai pro céu devagarinho.
Ilusão é emboscada
onde se perde o coração,
e o sonho sequer percebe
que morreu.
Indiferente e fria, a lua
beija a noite com lábios de prata.