AUSÊNCIA

Cúmplice da eternidade,

Tens etérea e imprecisa forma

De esvaziar-me do que me repleta.

Crescente silêncio que evoca

Todas as dores que me laceram.

Visita-me o fundo da alma,

Espraia-se sob estemeu sol,

Insofismável sol que me desertifica.

Por que tanta ausência?

Por que a pele que não me toca

É justamente a pele que quero

Para revestir-me de afetos?

Paulo Pazz
Enviado por Paulo Pazz em 03/08/2015
Código do texto: T5333671
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