Confidências
Vou ter paz quando morrer,
Levando comigo o assombro
De sofrer por não poder
soluçar sobre teu ombro!
Cada dia que te escuto
Comentar coisas passadas,
É como viver o luto
Das pessoas comentadas;
Que paz poderia ter?
É indagação que te faço,
Tão perto do teu saber,
Tão longe do teu regaço;
Sendo assim, sempre que penso
Nas coisas de meu passado,
Que não vivi, eu dispenso
Lembrar do que me é contado!