Fichários aprisionados
Está faltando um pedaço de mim,
Até parece não ter fim.
Uma sensação de cair no vazio,
Por que não é diferente desde o inicio?
Mudanças são favoráveis...
Para quem deseja crescer.
Os outros não te mostram igual parecer,
Meus anseios não me são agradáveis.
As pessoas pensam que estou cansada,
No fundo elas têm completa razão.
E eu cheguei à seguinte conclusão,
No fundo... Estou triste...
Daqui a pouco vem à noite,
E ela esconderá o meu pranto.
Quem sabe trará o acalanto,
Talvez até esteja atrasada.
Desarrumo as prateleiras do quarto,
Em caixas estão meus fichários aprisionados.
Na sala em um canto,
O coração escondido e asfixiado.
Por onde andará a tal liberdade?
Esta fugitiva partiu com a felicidade.
Deixando para trás as lágrimas,
E algumas palavras que trazem as rimas.
Quase se quebrou o espelho,
Mais sete anos de sorte, ainda bem.
Através da janela a lua e seu brilho,
Lindo que sempre tem.
Menos a minha doce privacidade,
Esta foi embora de verdade.
Largando-me com meus fones,
E o bom e velho rock n’ roll.
Sendo o alicerce... O meu anzol,
Qual será o número do seu telefone?
Só peço a Deus...
Que nunca me falte caneta e nem papel.
Se não meu mundo vira completo escarcéu,
Pois são com estes instrumentos.
Que fujo dos inúteis lamentos,
Já que não adianta lutar contra a correnteza.
Essas se dissiparão na certeza,
E em algum dia momentos down darão adeus.
Preciso voar...
Num céu estrelado.
Galgar novo ar...
Ao meu sonho compatível.
Sim isso é possível,
Nada é para dar errado.
Se não for assim,
Deixe-me quieta.
Só mantenha a lâmpada acesa,
E a porta entreaberta.
Para a próxima surpresa...
Você virá ao meu encontro,
(quem adivinha).
Cessando de vez a nostalgia,
(e me fará agradável companhia).
Estou pronta para o confronto,
Que me embriaga com primícias.