Feia outra vez, cara, como poderia ser?




O que abate sentimento me conjura teatros da vida
E fico a atuar solerte e loucamente nesta realidade

Sou o solitário com a luz negra que reflete estrelas
E sou longe, alguém como joguete pelas amadas...

Fico a pedir, perdido na noite rígida, lentos sorrisos
E na multidão a te esperar que funesta é esperança

Sou a feia vacilante, de face renegada, sem atrativo
E nada te peço pra corromper a sua noção de belo

Choro em verso a desassistir desses meus desejos
E ser a feliz sortuda que ao mundo veio esquecida!

E o amôr desfia as contas sem perólas necessárias
Sou mais que aturdida sozinha entre sorte labirinto

Sinto o frio da distância, o amôr em luto, nada amôr
Talvez a encanto esquecida, valete do reino vasto

E agora a Lua me renega a beleza e o Sol canalha
Sendo a refletida recusa das façanhas do coração

Se pudesse seria feliz, mas o destino assim confia
Que estou exilada de meu semblante, ressentida!
Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 11/07/2015
Código do texto: T5307694
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