FINITO
Tudo é esquecido
Tudo é finito, contado
No tempo vivido
Vamos por aí seguindo o destino
Tombando num só gemido
Na perigosa estrada
Não sobreviverão as ilusões
Nada deste mundo levaremos
Também não deixaremos nada
Nosso legado será uma dor no peito
De quem nos velou
Com suas lágrimas cansadas
Tampouco alguém se interessará
Por nossa mala de sonhos
Cruelmente abandonada
Quem sabe ficará de nós, apenas
As brevíssimas lembranças
Em rasgos de conversas de salão
Uma pequena cruz esquecida,
Num cemitério ermo
Coberta de pó e solidão!