Era Domingo...
Era domingo...
Um domingo bem nublado
D. Zeferina se arrumou toda
Para esperar o seu marido
O seu namorado
O dia foi passando
E nada dele chegar
O marido de Zeferina
Estava a beber num bar
Cansada de tanto esperar
Zeferina adormeceu
Deitada no seu sofá
Bem tarde... Bem tarde já se fazia
Quando o marido chegou
Gritando à revelia
Palavras trôpegas
Embaralhadas...
Zeferina acordou
Sem entender nada
Só sentia o bafo da timbuca. (cachaça )
Que chegava em seu nariz
Assustada... Entristecida...
Zeferina pensou:
"Não é este o homem
Que vai me fazer feliz."
Cambaleando...
O marido, caiu na cama e dormiu
E sem olhar para traz
Zeferina pegou suas trouxas
E para sempre, ela partiu
Foi em busca de outro amor
Que tivesse melhor odor
E que lhe desse o amor
Que ela sempre sonhou.
Por: Maria Lamanna
Rio Preto - MG