PROMESSAS
Que diriam as palavras,
Se elas tivessem olhos?
Que veriam os olhares,
Se tivessem um espelho?
Promessas ...
Do que foi dito,
Ficou uma espera.
Do luar, ficou apenas uma testemunha.
Foram palavras que disse,
Foram acenos que fizeste.
Foram lagrimas que derramaste,
Em nome de um sonho.
Gritei e sufoquei um nome,
Recolhi pedaços jogados,
Engoli prantos,
Que emergiam da minha alma.
Foram promessas,
Não foram compromissos.
Foi mais o visual bonito, elegante,
Não foi uma vontade.
Promessas...
Não se faz, se cumpre!
Não dilacera, une!
Não se grita, silencia!
Não se cala, murmura!
Ficou apenas o som das palavras,
Ficou a lembrança do que se gostaria.
Não foi a promessa,
Foi o sonho que sangrou.
Promessas...
Promessas...
Promessas...
E. Di Camargo, 06/03/07