Amor devaneio

Por que se chamava amor

E era amor, era sempre querido

Por que se chamava amor

E era amor, era tão (e muito)

Intensamente vivido.

Mas, se foi e hoje se chama

Somente melancolia do vazio.

Olhos profundos de vazios espiam

Mirando o horizonte que o leva

Fixamente miram a distância

Cheios de desejo de fazê-lo voltar.

Mas...

Quando (se) vai, porque, o amor, finda

Não há liga de qualquer magia capaz

De novamente encantá-lo.

Amor que termina

É luz que ao longe reluz

Amor querido não mais erguido

Amor no tempo desabrido.

Amor havido em muito dorido

Que como névoa vai distante e,

Enquanto segue seu caminho

Vai deixando pra trás rastros

De lágrimas e saudades.

Assim...

Não quero se quer, falar de amor,

Por que quão é intenso seu prazer

Também é a sua dor.

Amor reprimido qual folha caída

No vazio do espaço

Amor desilusão de não tê-lo

Como tão e são.

Só infinito desvão

Desilusão que fere a alma

E o coração.

(de Assis Furtado)

Francisca de Assis Rocha Alves
Enviado por Francisca de Assis Rocha Alves em 27/06/2015
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