OUTRO ADEUS

Fixo-me no horizonte,
Peito segue arfante
acompanhado de tantas lástimas,
Cobertor de lágrimas.
 
Nos olhos de quem torço viver mais gostos,
Sereno, pleno, endosso
que o sofrimento da partida
se aplaque na raridade da chegada.

Mas para a vida sempre foi assim
Tudo chega a um fim
Mesmo o que de eterno jure
Existirá seu fim.

Então perco-me em despedidas
Do fim de um romance
Do fim de uma harmoniosa melodia
Do fim de um dia.

Que parte enquanto outro se prepara para chegar
Deixando saudade e mal estar,
para quem sonhou agora sente,
Nada dura eternamente.

Escritor - Antonio C Almeida