CALA-SE
Cala-se a voz de poetisa
O coração não mais escuta
Razão e devaneio em luta
Ora vendaval, ora brisa
Sem sentido fica a poesia
Já disse adeus a inspiração
A alma desapega do coração
Pra sempre noite, fica o dia
Já não há no jardim mais flores
O sol perdeu, de novo, o brilho
Como um trem fora do trilho
Assim é se o amor causa dores
Por amor nada mais importa
Mas sem esperança tudo é nada
Ferida como ao fio de espada
E assim a alma fica morta