TAMANHA DOR NO PEITO
Uma tamanha dor no peito,
Dor da ingratidão
Por ajudar a fazer direito,
Tudo pela educação.
Sempre à espreita olhando o mundo.
Com simplicidade aguçada
Mas tenho um desgosto profundo
Por este picareta que está em minha estrada.
Não faz nada direito
Apenas quer ser condecorado sem merecimento
Por isto essa grande dor no meu peito
Por ajudar quem não tem sentimento.
Ajudei a levantar um hipócrita
Que vive da esperteza e sem respeito
Agora tenho um problema pela frente
E uma grande dor em meu peito.
Dor pela sua ingratidão
Por meu trabalho não ter valorizado
Sempre fiquei dando-lhe a direção
Para não para o lado errado
Mas nunca quis me ouvir
Apenas sacaneava com o peito despedaçado
Não fazendo o que era para ser feito
E assim me fez um belo fracassado.
Sempre primei pelo melhor de mim
Em todos os lugares que passei
Mas parece que você queria o meu fim
E desta forma me decepcionei
Por tomar uma decisão sem pensar
Jogando-me pelo ar
Apesar de meu esforço desenfreado
Em lhe orientar e não ser respeitado
E ainda quer se dar bem em cima de meu cadáver
Deixando-me totalmente deteriorado.
Orientei o quanto pude
Mostrei os caminhos das pedras
Falei como deveria ser feito
Mas preferiu sempre desobedecer
As regras da ABNT
E tudo mais que eu falava
Simplesmente numa lata de lixo jogava
E ainda está a me processar
Só porque quis que fizesse a coisa séria
Nesse mundo onde a “miséria” intelectual
Tomou posse do processo educacional
E tento nada medida do possível fazer a diferença,
Mesmo que eu tenha desavença
Com os opositores da qualidade educacional
E por isto mesmo me arrebentou por inteiro
E nem sei se vou sobreviver
A essa guerra que só me faz sofrer
Por eu ainda ser um brasileiro
Que prima pela a qualidade da educação,
Mesmo que para isto eu leve um bofetão.
Estou aqui sofrendo muito
A dor da decepção
Por querer ajudar a todos
Dentro da educação
Mas agora estou percebendo
Que em troca estou recebendo
Uma bela desilusão
E por isto morro aos poucos,
Meu Deus, eu estou quase louco,
Sem paradeiro nesse insólito vulcão.
A sua viagem foi longa demais.
Foi muito além dos limites possíveis.
Agora perdi minha paz
E nem sei se vale a pena
Batalhar com essa alma pequena
Que não respeita seis próprios limites
E ainda arrebenta-me aos pouquinhos
Jogando em meu estreito caminho
Cacos de vidro e espinhos
Só para poder me destruir,
Mas aquele lá de cima é maior
E vencerei mais esta batalha
Contra a ignorância e arrogância
Que você sempre usou
Em sua plenitude de corpo e alma.
Araguaína - TO, 2015