Depressão

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Depressão

Fiz intenso ensaio.

Intimamente, fotografei.

Interpretações visuais;

assombros da emocionalidade.

Senti os pesos e os fardos.

Perdi-me em contrapontos e contrapesos.

Minha emotividade saiu de mim,

projetando-se na tela.

Essa taquicardia precoce assusta.

Sinto-me, além das tonturas, um tonto!

Respiro profundamente.

O ar não supre toda carência.

Por que arriscar-me?

Para que correr novos riscos?

A vida se tornaria zona...

O que busco e desejo,

na verdade,

é o conforto da tênue zona,

o conforto do lar, meu ninho.

Tenho ideias recorrentes:

de solidão,

fugas,

adiamentos...

Vivo preso às dores e aos fracassos,

desconstruindo tudo.

Em relação ao futuro,

prefiro edificar monstros e fugir da realidade.

Estou bem?

Preciso adormecer.

Tento, mas não consigo.

A escuridão assusta;

a tênue luz, apavora!

Preciso respirar...

Nijair Araújo Pinto

Crato-Ce, 2 de junho de 2015, leito 33.

13h54min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 02/06/2015
Reeditado em 14/06/2015
Código do texto: T5263753
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