Ilusões

.:.

Ilusões

Pousei no além-túmulo.

A cúmulo-nimbo,

carregada de lágrimas torrentes,

acumulou-se no pranto meu.

Nunca me pertenci;

nunca fui nem serei teu...

Apenas dormi,

angustiado,

nos braços de Prometeu.

Sonho injusto que morreu.

Cansado das turbulências;

dos raios invasivos da dúvida.

Peço a Deus plena clemência

por todos os erros que não foram meus.

Não fui cético nem ateu.

Acreditei sempre,

apesar dos alagamentos morais.

Construí ramalhetes, florais;

combati o desperdício da alma.

Ah, mas o tempo flui...

Com calma,

descobri que minha vida,

pobre vida,

nunca existiu.

Nijair Araújo Pinto

Farias Brito-CE, 31 de maio de 2015.

20h45min

.:.

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 31/05/2015
Reeditado em 31/05/2015
Código do texto: T5261774
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.