Ilusões
.:.
Ilusões
Pousei no além-túmulo.
A cúmulo-nimbo,
carregada de lágrimas torrentes,
acumulou-se no pranto meu.
Nunca me pertenci;
nunca fui nem serei teu...
Apenas dormi,
angustiado,
nos braços de Prometeu.
Sonho injusto que morreu.
Cansado das turbulências;
dos raios invasivos da dúvida.
Peço a Deus plena clemência
por todos os erros que não foram meus.
Não fui cético nem ateu.
Acreditei sempre,
apesar dos alagamentos morais.
Construí ramalhetes, florais;
combati o desperdício da alma.
Ah, mas o tempo flui...
Com calma,
descobri que minha vida,
pobre vida,
nunca existiu.
Nijair Araújo Pinto
Farias Brito-CE, 31 de maio de 2015.
20h45min
.:.