a dor da saudade
Às vezes, no meio da noite,
Acordo com a saudade gemendo
Dentro de mim.
Sinto a sua dor, como se fosse acoite,
E a noite, essa pausa do dia,
De repente, parece não ter fim.
E quando o dia, finalmente surge,
As cicatrizes amanhecem sangrando...
Mas como a vida, não tem pausas como o dia,
Mesmo sem vontade,
Eu vou caminhando.
São tristes, as pancadas da saudade,
São lamentos de dor que choro em silêncio...
Mas, mais tristes ainda são meus dias tão sombrios,
Onde tenho que fingir que existo,
Onde vejo o mundo à minha volta,
Com os olhos cada vez mais frios.